Por André Teixeira
A fotografia foi apresentada ao mundo como uma reprodução objetiva, “pura”, do real. Seu caráter técnico lhe conferia um valor de documento que pinturas, esculturas e outras obras que dependiam da mão humana, por mais realistas que fossem, não tinham. Em pouco tempo, no entanto, a inquietação dos primeiros fotógrafos mudou esse panorama: mais do que reproduzir, ela podia e queria interpretar, influenciar, até mesmo subverter a realidade. A imagem no espelho, mais do que um reflexo, produzia reflexões.
Tínhamos, literalmente impressa numa folha de papel, uma contradição em termos: um documento que permitia interpretações subjetivas. O…
Espaço para entrevistas e informações do Paraty em Foco 2021